Os tipos de tutu

Os tipos de tutu

Olá bailarinas!!!

Mais uma vez, pensando no final de ano, resolvi falar sobre umas das coisas que mais nos encantam nas apresentações: o figurino. E como estamos num blog que se chama “Tutu da Ju”, não poderia faltar um post sobre tutus!!!

O que hoje chamamos de “tutu” só passou a ter de fato esse nome em 1881. O nome “tutu” tem suas ori­gens na plateia do teatro. Aqueles que com­pra­vam bilhe­tes mais bara­tos sentavam-se em uma seção loca­li­zada na parte inferior do teatro. Esta área deu os fre­gue­ses sen­ta­dos ali uma visão dife­rente do que o resto do público, eles pode­riam ver mui­tas vezes sob as saias das bailarinas. Isso levou a muita con­versa e, even­tu­al­mente, a gíria fran­cesa para esta parte da bai­la­rina se tor­nou “tutu”, a pala­vra “tutu” surge como uma deri­va­ção de uma gíria para o bum­bum da mulher.

Historicamente quem imortalizou a peça foi Marie Taglioni, que o usou pela primeira vez no palco na Ópera de Paris em 1832 em uma performance de “La Sylphide”. O figurino era composto por um corpete apertado que se alongava quase até o tornozelo, sendo o que hoje conhecemos como tutu romântico.

Com o tempo, o tutu foi encur­tado, reve­lando as per­nas e os pés da bailarina para o público. Nos anos 1880, a bai­la­rina ita­li­ana Virginia Zucci foi a pri­meira a usar um tutu mais curto e macio que aca­bava perto dos joe­lhos. Depois, como agora, o pro­pó­sito do tutu se tor­nou esté­tico, para apre­sen­tar a ilu­são de que a dan­ça­rina estava flu­tu­ando em uma nuvem, per­mi­tindo que a pla­téia veja com­ple­ta­mente os movi­men­tos de per­nas e pés da dançarina.

Então, como já devem estar percebendo, não há somente um tipo de tutu, mas ao menos 5! Vamos a eles:

1. Tutu Bandeja, Prato ou Panqueca

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É uma saia curta e rígida, feita com camadas de pano, que se estende para fora do quadril, montada em um corpete. Tem muitas camadas de tule e usa um arco de arame para manter as camadas planas e duras.

É o tutu que popularizou na Era Petipá. Virginia Zucchi, bailarina italiana, ao dançar o ballet “A filha do faraó”, em 1885, não se adaptou ao cumprimento das saias usadas na coreografia e ela mesma cortou o cumprimento. Depois disso, o uso de saias mais curtas foi uma prática usada pelas bailarinas russas, e posteriormente por bailarinas de todo o mundo, sendo usado em diversos ballets desde a época dos ballets de repertório, como a variação de Esmeralda, que eu AMO!!! E muitos outros!!!

É também o sonho de muita bailarina (que eu já pude realizar) dançar usando essa linda peça!!!

2. Tutu Sino ou Clássico

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É uma saia curta e rígida, feita com camadas de pano com uma ligeira forma de sino montada num corpete. Ele se estende para o exterior e não usa arame. Já vi algumas versões de ballets de repertório também usarem este tipo de tutu, como o Lago dos Cisnes.

3. Tutu Balanchine

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Esse tipo de tutu é semelhante aos tutu sino e tutu pan­queca, exceto que não são uti­li­za­dos arames e há menos camadas de pano. A saia é leve­mente pre­gada para dar uma apa­rên­cia mais suave, mais cheia. Este estilo foi concebido ori­gi­nal­mente para a ver­são do ballet Sinfonia em C do compositor Georges Bizet.

4. Tutu Romântico

É um tutu no for­mato de sino de ¾ de com­pri­mento em forma de saia de tule  mon­tado num cor­pete e, por vezes, usam man­gas, diz-se ter sido inven­tado, ou pelo menos popu­la­ri­zado, por Marie Taglioni. Na verdade, foi Eugene Lami quem o criou para La Sylphide, que estreou em 1832. O tutu român­tico ressalta a leveza e a qua­li­dade eté­rea dos bal­lets român­ti­cos, como Giselle ou Les Sylphides, ajudando a criar o clima perfeito dos ballets. A saia cai entre o joe­lho e o tornozelo e usamos até hoje.

5. Tutu de Ensaio

Normalmente é só a saia do tutu, sem bor­da­dos ou aca­ba­mento, a mai­o­ria das vezes branca ou preta, só no tule, usa­dos para ensaiar com o ves­tido sem pre­ci­sar usar o figu­rino que vc irá se apresentar e não cor­rer o risco de acon­te­cer algum impre­visto com sua roupa. Pode ser de qualquer um dos tipos acima já citadas. Muito uti­li­za­dos em exa­mes e em ensaios para pas de deux, ou outras coreografias, onde se tor­nam indis­pen­sá­veis. Se você vai dan­çar de tutu, é muito inte­res­sante que acostume-se com ele antes.

 

E esses são os tipos de tutu existentes no ballet clássico!!!

Nesta foto eu uso um collant Petipá!

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Acompanhem o tutu da Ju em todas as redes sociais!!!

Estou com uma apresentação chegando (danço sábado e domingo agora – 09 e 10 de dezembro de 2017) e por isso estou sem gravar vídeos! Mas quando passar esse período volto a gravar!!!

Quaisquer sugestões de temas, é só deixar nos comentários!!!

Até o próximo post!!!

 

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