Bailarinas e bailarinos que começaram o ballet mais tarde

Bailarinas e bailarinos que começaram o ballet mais tarde

Frequentemente recebo a pergunta: “Ju, entrei no ballet com X anos, ainda posso ser profissional?”

Claro que pode! A verdade é que existem uma infinidade de possibilidades dentro da dança, além de ser um bailarino profissional que dança em grandes companhias de ballet. Você pode ser professor, coreógrafo, ensaiador, fotógrafo de dança, ter a sua própria escola, produzir conteúdo de ballet para a internet (é profissão SIM!) e por aí vai. Já mencionei algumas das possibilidades nesse vídeo aqui do meu canal. E, para NENHUMA delas você precisa ter sido um bailarino profissional antes, mas para TODAS você precisa se dedicar e estudar MUITO e amar MUITO o que você faz.

Se tratando de ser um bailarino profissional, inclusive, existem companhias que contratam bailarinos até mesmo depois dos 20 anos. Nesse site aqui você pode pesquisar na lista giganteeeesca deles se a companhia que você tanto sonha impõe limitações de idade. Nem toda companhia impõe esses limites (por exemplo o Ballet Nacional do Sodre, no Uruguai, que recentemente fez audições em que eles aceitavam bailarinos até TRINTA ANOS), mas existem as que sim. Portanto, é importante que você saiba disso para alinhar as suas expectativas com os seus sonhos.

É claro que quanto antes a gente começa a fazer as aulas de ballet, melhor, pois há mais chances de você dominar a técnica dessa arte tão difícil que é o ballet clássico. As meninas de 15 anos já são consideradas de nível avançado, mas, não há qualquer garantia em relação a essas idades e tudo depende mais de você: da sua dedicação e o quanto você quer lutar por esse sonho, que não é nada fácil! Não há garantias, mas também não está tudo totalmente perdido!

Não se tratando de ser um bailarino profissional ou mesmo dançar por hobby, basta que você tenha vontade de aprender a dançar. Não precisa ser nova, não precisa ter dançado antes, não precisa ser magra, não precisa ser flexível! Só precisa gostar de dançar. Já falei um pouco nesse post aqui, mas não custa relembrar. Atualmente, na data em que estou escrevendo esse post, eu dou aulas para adultas! Basta me procurar clicando aqui!

No post de hoje, vou trazer alguns exemplos de bailarinos profissionais que começaram o ballet “relativamente mais tarde”, digo com todas essas aspas, porque sabemos que boa parte deles começou a dançar bem cedo.

Então, vamos lá a esses exemplos.

1. Misty Copeland

Misty Copeland, hoje é Primeira Bailarina do ABT, mas a sua história com o ballet começou apenas na adolescência. A bailarina norteamericana começou o ballet com 13 anos de idade, em 1996, (acabei de descobrir que começamos no mesmo ano, mas não na mesma idade! Eu comecei aos 6 e elas aos 13! Ela é bailarina profissional e eu não. Estão vendo como isso de idade é relativo?) após algumas escolas a recusarem por ela “ser velha demais e não ter o tipo físico ideal”.

Ela começou a fazer aulas de ballet gratuitas com Cynthia Bradley no Boys & Girls Club e depois foi fazer aulas numa escola pequena da sua professora, San Pedro Dance Center.

Misty nunca tinha dançado antes, e, apenas 3 meses após ter iniciado suas aulas, ela já estava subindo nas pontas (mas, entendam! Isso porque ela trabalhou muito para conseguir isso e tinha facilidades! Esse tempo não é uma regra, como já falamos nesse post aqui!).

No ano 2000, após 2 Workshops de Verão, ela entrou no “ABT’s Studio Company” e em 2001, ingressou no corpo de baile do ABT. Em 2007 se tornou solista da companhia e em 2015 se tornou “Principal Dancer”, o cargo equivalente ao de Primeira Bailarina, o mais alto no ballet. Com esse feito, ela se tornou a primeira bailarina afro-americana a chegar nesse posto do ABT.

Além de Primeira Bailarina, Misty tem também outros feitos, como o seu livro “Ballerina Body”, o filme sobre ela “A Ballerina’s Tale”, um ensaio fotográfico para a “Harper’s Bazaar”, em que recriou as obras de Degas, e a participação no filme da Disney Ö Quebra-Nozes e os Quatro Reinos”.

2. Carmen Corella

Angel e Carmen Corella são irmãos e bailarinos espanhóis. Os dois não chegam a ter 1 ano de diferença, e começaram a dançar na “Centro de Danza Víctor Ullate” em Madrid. Mas quem começou o ballet primeiro foi Angel. Ele tinha muitas facilidades físicas para girar e saltar, e, Carmen, só começou as suas aulas de ballet, aos 13 anos, após se empolgar com o talento do irmão. Dizem que ela chegou a tentar o ballet na infância e não tinha gostado, só retomou depois. Na época ela estava mais para o basquete!

Angel e Carmen deixaram seu país quando ainda não tinham 20 anos, quando, em 1998, vieram para os Estados Unidos sem saber uma palavra de inglês, tentaram a sorte, mediram seu talento e entraram na prestigiosa American American Ballet Theatre em Nova York. Ele foi a primeira figura masculina dessa companhia mais elogiada nos últimos anos (aos 19 anos, Angel se tornou primeiro bailarino do ABT); ela, uma das mais belas e altas solistas do time dos sonhos de Nova York.

Em 1998, Carmen tinha entrado como membro do Corpo de Baile do ABT e, em 2003 foi promovida a solista.

Aos 36 eles retornaram à Espanha e fundaram o “Corella Ballet Dance Academy”, hoje “Barcelona Ballet”, com o objetivo de estimular o ballet espanhol e evitar a saída de bailarinos da Espanha para outros países.

3. Thiago Soares

Thiago Soares é um bailarino carioca, e sua história na dança clássica só começou aos 15 anos. Mas, a verdade é que ele já tinha feito outras atividades antes. Aos 9, entrou na Escola de Circo, onde praticou acrobacia e teatro, e , ainda na infância, procurou uma escola de dança, para aperfeiçoar seus movimentos, e começou a fazer aulas de break dance e hip hop.

Mas, pelo seu “biotipo ideal”, foi sugerido a Thiago que começasse as aulas de ballet clássico, e ele começou no Centro de Dança Rio aos 15 anos. Thiago conta que se sentia envergonhado pelos amigos, que o zoavam por fazer ballet e cresceu jogando futebol. Mas que ele mesmo não tinha esse preconceito. Ele começou numa turma de iniciantes com bailarinas mais novas de 9, 10 anos. Por um tempo, ele mesmo usou sapatilhas rosas e só depois descobriu a existência da sapatilha bege.

Com 17 anos, começou a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e aos 20, em 2001, ganhou medalha de ouro no Concurso Internacional do Ballet Bolshoi. Teve uma passagem pelo Ballet Estatal de Moscou e em 2002 firmou contrato com o Royal Ballet de Londres, ingressando no corpo de baile e logo foi promovido a solista. Em 2006 foi promovido a Primeiro Bailarino, cargo em que esteve por 14 anos.

Thiago foi casado por 13 anos com a bailarina argentina Marianela Núñez, uma de suas principais partners na companhia e de quem continuou amigo mesmo após o divórcio.

Em 2o20 ele encerrou sua carreira de bailarino, se despedindo dos palcos em fevereiro e, em março, inaugurou seu studio de dança, o TS + Dança, aqui no Rio de Janeiro.

Existe também um filme que conta a sua história e chama-se “Primeiro Bailarino”.

4. Natalia Makarova

Natalia Makarova é uma bailarina russa que iniciou o ballet aos 13 anos. Ela fez teste para Escola Coreográfica de Leningrado (antiga Escola Imperial de Ballet) e foi aprovada, embora as meninas geralmente começassem aos 9 anos.

Logo após a sua formatura, em 1959, se juntou ao Kirov Ballet e foi uma de suas principais bailarinas, sendo membro permanente de lá de 1956 a 1970. Na década de 1960 foi promovida a Primeira Bailarina do Kirov, e, em 1965 ganhou a medalha de ouro na Competição Internacional de Ballet de Varna, a Olimpíadas do Ballet.

Na década de 1970 partiu da Russia para o American Ballet Theatre e chegou a ser partner de Mikail Baryshnikov e depois chegou também a dançar como artista convidada no Royal Ballet.

Makarova também chegou a se apresentar na Brodway com o espetáculo “On Your Toes”, a ter aparições na TV, em filmes e na rádio. Tem também um livro intitulado “A Dance Autobiography”.

5. Rudolf Nureyev

Rudolf Nureyev foi um bailarino russo e começou sua vida com o ballet aos 15 anos. Isso porque, quando criança chegou a frequentar aulas de dança folclórica de Bashkir e depois de uma recomendação iniciou o ballet, mesmo a contragosto do pai.

Aos 15 Nureyev começou a treinar profissionalmente no estúdio de ballet recém-inaugurado, no teatro local, e começou a ganhar um dinheiro extra, progredindo rapidamente para o corpo de baile. Aos 17, em 1955, fez o teste para a Academia de Ballet Bolshoi, e para a Academia Vaganova de Kirov, e, embora aceito por ambos, ele escolheu Vaganova.

Na Academia de Vaganova ele teve aulas com Valentin Ivanovich Shelkov, mas, eles brigavam constantemente. Em 1958, após a sua formatura ele entrou no Ballet de Kirov (atual Mariinsky) como solista e, após sua atuação no ballet Laurência ao lado de Natalia Dudinskaya, tornou-se uma sensação da União Soviética, sendo um dos bailarinos mais famosos da época. Há inclusive quem diga que Nureyev foi o maior bailarino de sua geração.

Ele ficou no Kirov até 1961,  quando ele deserdou da União Soviética para ficar em Paris, apesar dos esforços da KGB em detê-lo. No mesmo ano, Margot Fonteyn convidou Nureyev para dançar em uma gala anual para arrecadar fundos. Ele sonhava em dançar com Fonteyn desde criança, mas quando se aproximou dela, ela recusou. Em vez disso, ele tocou Poème tragique, um solo feito especialmente para ele, por Frederick Ashton, que surpreendeu o público e o viu oferecer um lugar no The Royal Ballet como primeiro bailarino. Dame Ninette de Valois ofereceu-lhe um contrato para ingressar no Royal Ballet como “Principal Dancer”.

Em 1962, Nureyev, então com 23 anos, conseguiu seu desejo quando finalmente conseguiu ser o partner de Fonteyn, 42, em Giselle. A bailarina era quase 20 anos mais velha do que ele e estava pensando em deixar os palcos. Isso marcou o início de sua célebre parceria e amizade ao longo da vida. Nureyev permaneceu no The Royal Ballet até 1970, onde conseguiu tanto um artista de classe mundial quanto um coreógrafo. Na ocasião foi promovido a Artista Convidado Principal.

Nureyev tornou-se diretor do Paris Ópera Ballet em 1983 e começou a investir na Companhia com novos bailarinos, novas produções e estúdios aprimorados. Embora tenha adoecido no ano seguinte, ele continuou a trabalhar. Seu trabalho coreográfico final foi uma produção de La Bayadere (1992). Na estreia, ele surpreendeu o público ao aparecer na cortina. E assim foi a sua despedida, que foi super emotiva, apoiado por ambos os lados: público e Companhia.

Infelizmente o bailarino se despediu desse mundo em razão de ter contraído AIDS. Em 1984 ele testou positivo para o HIV e, em novembro de 1992, aos 54 anos, ele faleceu.

Mas, caso você ainda queira saber mais sobre a vida desse bailarino há os livros “Nureyev, uma biografia”, “Nureyev, the life” e os filmes “Corvo Branco” e “Nureyev (2018)”.

6. Darcey Bussell

Darcey Bussel é uma bailarina inglesa que iniciou o ballet aos 13 anos de idade. Suas primeiras aulas foram na Arts Educational School e logo depois entrou na Royal Ballet Lower School, com sede em White Lodge, Richmond Park, em Londres. Posteriormente, aos 16 ela conseguiu progredir para a Royal Ballet Upper School no Baron’s Court, antes de ingressar no Sadler’s Wells Royal Ballet em 1987. Nesta ocasião ela dançou seu primeiro solo: Fada Lilás do ballet A Bela Adormecida.

Enquanto estudava na Royal Ballet School, ela apareceu em uma série de produções escolares, incluindo performances na Royal Opera House. 

Enquanto Bussell ainda estava na escola, o coreógrafo Kenneth MacMillan notou sua técnica excepcional e, em 1988, decidiu usá-la para criar o papel principal da “Princess Rose” em seu ballet “The Prince dos Pagodas” com música de Benjamin Britten, o que a levou a ingressar na companhia do Royal Ballet. Um ano depois, em dezembro de 1989, na noite de abertura da apresentação, ela foi promovida a Primeira Bailarina com apenas 20 anos de idade. Ela foi uma das mais jovens bailarinas a chegar a esse cargo.

Ela chegou a dançar mais de 80 papéis diferentes, sendo que 17 foram criados especialmente para ela. Ela aproveitou de sua altura e de sua força física para muitos papéis, mas também soube provar o seu valor para papéis que eram tradicionalmente dados a bailarinas baixinhas.

Darcey Bussell fez várias participações como convidada no New York City Ballet, no Balletto Della Scala, no Ballet Kirov, no Ballet da Ópera de Paris, no Ballet de Hamburgo e no Ballet Australiano. Ela dançou a estreia de Sylvia de Léo Delibes coreografada por Sir Frederick Ashton na Royal Opera House, Covent Garden em 4 de novembro de 2004.

Em 2006, ela anunciou sua aposentadoria como “Principal Dancer” do Royal Ballet, embora permanecesse na companhia como “principal artista convidada”. Mas veia a se aposentar de vez dos palcos em 8 de junho de 2007 com uma apresentação de “Song of the Earth” de MacMillan numa apresentação no Royal Opera House em Londres e transmitida ao vivo pela BBC Two.

Em 2012, Bussell participou da cerimônia de encerramento das Olímpiadas 2012 em Londres, liderando uma trupe de 300 bailarinos. A apresentação ficou conhecida como “Spirit of the Flame” e precedeu o apagamento oficial da tocha olímpica.

A bailarina também se dedicou a outros setores, como os livros que escreveu, a exemplo da série infantil “Magic Ballerina” e sua autobiografia, “Darcey Bussell : A Life in Pictures“, e o livro em português, “Ballet: Meu primeiro livro”, em parceria com a Royal Ballet School.

Também teve várias aparições na TV como apresentadora e também há filmes sobre ela, como “Two Ballerinas at The Royal Ballet“, junto com Viviana Durante.

7. David Hallberg

David Hallberg é um bailarino americano que também começou o ballet aos 13 anos. Sua maior inspiração para começar a dançar foi quando assistiu um filme de Fred Astaire. Por isso, o início da trajetória de David com a dança não foi no ballet clássico; aos 9 ele começou a fazer aulas de sapateado e jazz, o ballet só entraria na sua vida 4 anos mais tarde.

Com o apoio da família, ele começou seus estudos no ballet clássico na Ballet Arizona School sob a direção de Kee Juan Han. Ele dançou O Quebra-Nozes e ficou encantado pelos bastidores da apresentação e por toda a disciplina que o ballet exige.

Em 1999, aos 17 anos, ele estudou por um ano na Paris Opera Ballet School, depois ingressou na American Ballet Theatre ‘s Studio Company em 2001 e logo entrou como membro do corpo de baile da companhia do ABT. Essa era a companhia dos seus sonhos. Em 2004 ele foi promovido a solista e em 2006 a Primeiro Bailarino.

Ele foi artista convidado de várias companhias ao redor do mundo, incluindo o Ballet Mariinsky, o Ballet da Ópera de Paris, o Ballet Real Sueco, The Australian Ballet, o Kiev Ballet na Ucrânia, o Ballet Estable del Teatro Colón em Buenos Aires e muitos outros. Ele também se apresentou em galas ao redor do mundo, do Japão ao Ballet Bolshoi em Moscou. Em 2010, Hallberg ganhou o Prêmio Benois de la Danse por sua interpretação como Conde Albrecht em Giselle.

Em 2011, Hallberg se tornou o primeiro americano a se tornar Primeiro Bailarino do Ballet Bolshoi. Hallberg foi convidado por Sergei Filin, diretor artístico do Bolshoi Ballet para se juntar como artista convidado ou Primeiro Bailarino. Parte de sua decisão de ingressar foi feita, em parte, para dançar com a bailarina Natalia Osipova, com quem ele havia dançado anteriormente. No entanto, devido a uma grave lesão no tornozelo, ele não se apresentou com o Bolshoi depois de julho de 2014, e a associação terminou formalmente em 2017.

Durante dois anos fora do palco devido a complicações de recuperação de uma cirurgia no pé esquerdo, Hallberg passou 15 meses trabalhando com a equipe de fisioterapia e reabilitação do The Australian Ballet, construindo um relacionamento com a companhia que resultou em sua nomeação de Artista Convidado Residente. Ele finalmente voltou aos palcos em uma estreia de papel, a de Franz em Coppélia, com The Australian Ballet e foi partner de Amber Scott em dezembro de 2016.

Hallberg estrelou a campanha da Nike de 2017 , “I, David”, dirigida por Niclas Gillis com cenografia de James Casebere.

Também publicou um livro de memórias, “A Body of Work: Dancing to the Edge and Back”, com o selo Touchstone de Simon e Schuster em novembro de 2017.

Além disso, criou a bolsa David Hallberg para ser mentor de aspirantes a bailarinos na American Ballet Theatre’s Studio Company e no Ballet Arizona. Ele dirigiu o “ABT Incubator“, um programa coreográfico de duas semanas no Ballet Theatre, desde 2018.

Em março de 2020, Hallberg foi anunciado como o novo diretor artístico do The Australian Ballet, assumindo o cargo em janeiro de 2021. A última turnê de Hallberg como bailarino foi cancelada devido à pandemia. Ele deve ter uma “apresentação de despedida adequada” durante a temporada de 2021 da Metropolitan Opera House da ABT.

8. Kristi Boone

Kristi Boone é uma bailarina americana que começou a fazer ballet aos 13 anos. Mas na infância chegou a dançar jazz, sapateado e ter aulas de ginástica. Ela iniciou suas aulas na Draper Center e afirma que seus primeiros professores de ballet também a ajudaram a evoluir rapidamente.

Kristi se formou cedo, aos 17 anos, fazendo seu primeiro e último ano ao mesmo tempo. Ela fez isso para ir para Nova York para trabalhar na ABT’s Studio Company em agosto de 1999 antes de ingressar na companhia como membro do corpo de baile um ano depois. Pouco tempo depois, em 2007, foi nomeada Solista, se aposentado dos palcos em 2014.

Ela também ganhou três medalhas de ouro no Prêmio New England Ballet.

Enquanto ainda estava na Draper, Kristi desempenhou vários papéis no Rochester City Ballet, incluindo o papel principal em “Firebird”, Fada Açucarada e “Dew Drop” em O Quebra-Nozes . Ela também recebeu bolsas integrais no Programa de Ballet de São Francisco, no Programa de Ballet do Instituto Chautauqua e no Programa Intensivo de Verão da ABT.

Já como solista do ABT teve a oportunidade de dançar inúmeros papéis como Mercedes e Rainha das Dríades em Don Quixote, Odalisca em Corsário, Zulma e Bathilde em Giselle, entre outros. Kristi e seu marido Isaac, que também foi bailarino da ABT, dançaram como artistas convidados para o Quebra-Nozes do Rochester City Ballet como Fada Açucarada e o Príncipe. Sua graça e beleza no palco são de tirar o fôlego!

9. Calvin Royal III

Calvin Royal III é um bailarino americano, que só começou suas aulas de ballet aos 14 anos. Suas primeiras aulas foram no Pinellas County Center for the Arts, na Flórida. Ele tinha feito uma audição recomendado para essa escola no programa de dança da Gibbs High School e foi aceito apesar de sua falta de treinamento em dança. 

Quando ele tinha 17 anos, ele competiu no Youth America Grand Prix “apenas na esperança de obter feedback”. No entanto, ele recebeu uma bolsa de estudos para a Jacqueline Kennedy Onassis School, na cidade de Nova York.

De repente, ele estava perto de alunos que haviam se apresentado durante a maior parte de suas vidas. Ele pegaria o metrô do centro para os estúdios da ABT imediatamente após o término de suas aulas acadêmicas para que pudesse observar seus colegas mais experientes ensaiando.

Calvin ingressou na ABT IIa segunda companhia do American Ballet Theatre em 2007, tornou-se aprendiz da companhia principal em 2010, membro do corpo de baile em 2011 e solista em 2017. Em 2019, Royal e Misty Copeland se tornou a primeira dupla negra da ABT a dançar os papéis principais em um ballet, realizando a reencenação de Harlequinade de RatmanskyMais tarde naquele ano, em sua estréia como o papel-título em Apollo de Balanchine , o New York Times escreveu que ele “se tornou de repente o dançarino mais elegante da companhia”.

Em 2020, embora sua estréia como os papéis principais em Giselle Romeu e Julieta de MacMillan foram atrasados ​​devido à pandemia de coronavírus, ele foi promovido a Primeiro Bailarino, tornando-se a terceira pessoa negra a atingir esse nível, depois de Desmond Richardson e Copeland.

ABT vai retomar as apresentações em ambientes fechados neste outono dos EUA, e Calvin fará “Touché” no palco em outubro. Além de novos trabalhos, ele espera encarnar os papéis clássicos para os quais já estava sendo preparado ao lado de Misty Copeland. Quando isso acontecer, será a primeira vez na história da ABT que dançarinos negros assumirão os dois papéis naquele ballet icônico de Romeu e Julieta.

 

E esses foram os bailarinos e bailarinas que começaram o ballet não sendo mais crianças.

Espero que este post tenha ajudado a inspirar vocês!

Será que eu esqueci de algum? Me conta nos comentários para eu saber!

Até o próximo post!

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