Vamos começar!
la bayadere é um ballet originalmente dançado em 4 atos e 7 cenas estreia mundial: 04 de fevereiro de 1877. coreografia: marius petipá música: Ludwig Minkus personagens: Nikiya: Ekaterina Vazem Solor: Lev Ivanov Gamzatti: Maria Gorshenkova O Grande Brahmin: Nikolai Goltz O Rajá: Christian Johansson
libretistas: Marius Petipa e Sergei Khudekov
em 1830, philippo taglioni já havia feito um ballet baseado no poema "le dieu et la bayadère" de goethe.
em 1877 o tema chama a atenção de petipá, que resolve escrever sua própria história e coreografá-lo.
nikiya e solor são um casal apaixonado. eles juram amor eterno diante do fogo sagrado do templo. é aqui que começa o primeiro ato do ballet.
mas solor acaba aceitando gamzatti, a filha de rajar, um homem rico e poderoso, em casamento.
o Brahmin presenciou o juramento diante do fogo sagrado. então, ele vai avisar ao rajar que algo ruim pode acontecer se solor se casar com gamzatti.
pai e filha resolvem tirar nikiya do caminho. Gamzatti tenta suborná-la com presentes e jóias, mas ela fica ofendida e ameaça a princesa comum punhal. nikiya cai em si e foge.
começa a festa de noivado de gamzatti e solor.
só que gamzatti estava enciumada pela presença da dançarina e oferece a ela um presente de grego: um cesto de flores. só que...
nele havia uma cobra venenosa que pica nikiya! Brahmin oferece um antídoto, mas ela prefere a morte!
e aqui finaliza o primeiro ato.
solor fuma ópio, adormece e sonha com espectros de dançarinas do templo (o reino das sombras). entre elas está a sua amada nikiya.
agora o segundo ato...
neste sonho os dois dançam juntos novamente.
solor se casa mesmo com gamzatti e jura amor eterno ao fogo sagrado mais uma vez. e nem tudo acaba bem...
como um bom ballet de repertório, o terceiro ato é ato de casamento.
acontece, então uma profecia. o templo cai em ruínas, por solor ter jurado amor diante do fogo sagrado para duas mulheres diferentes!
é no quarto ato que o espectro da nikiya vai buscar solor para viverem a vida eterna juntos.
não só o ballet de philippo taglioni foi inspiração de la bayadere de petipá.
são também possibilidades: a visita do príncipe de gales a paris em 1875 e o ballet "Sacountala" de seu irmão.
ela e petipá brigaram por causa do pas de deux do quarto ato. mas no final o ballet foi um sucesso.
o ballet foi feito para uma performance beneficente de ekaterina vazem, a primeira nikiya.
petipá acabou apostando alto nesse ballet. ele estava preocupado em ter a casa vazia. o diretor aumentou o preço dos ingressos, cobrando mais caro que os da ópera. mas, o reino das sombras foi um sucesso de casa lotada!
a dança do ídolo de bronze, que hoje integra o casamento, não é originária do ballet.
o russo Nikolai Zubkovsky a criou para uma produção do então kirov (atual mariinsky) em 1948.
o ballet ficou sumido no ocidente por décadas! anna pavlova tentou remontá-lo em sua companhia, mas suas tentativas foram frustradas.
o ballet só ficou conhecido no ocidente na década de 1960, quando eugenia feodorova remontou no tmrj o ato do reino das sombras, tendo bertha rosanova como nikiya e aldo lotufo como solor.
o ocidente só vai assistir a primeira versão completa de la bayadere quando natalia makarava dançou em 1980 pelo abt, baseada na sua carreira no mariinsky.
aqui no brasil, a primeira versão completa do ballet foi dançada apenas em 2000 no tmrj, com coreografia de makarova e cecília kerche como nikiya.
a versão de 1992 de nureyev para a ópera de paris foi o último ballet que ele dançou.
ele morreu 3 meses depois e ganhou o prêmio de "Ordre des Arts et des Lettres"do Ministro da Cultura francês.