4 Grandes bailarinos nascidos no dia 27 de março

4 Grandes bailarinos nascidos no dia 27 de março

Olá pessoal!

Para hoje, separei um post que vai ser um pouco de curiosidades, um pouco de história da dança.

Meu aniversário está chegando, e eu não sei vocês, mas eu sempre pesquiso “pessoas importantes” que nasceram no mesmo dia que eu. Eu só sabia de alguns cantores, até que eu resolvi dar uma pesquisada nos bailarinos. Eu nasci no dia 27 de março de 1990 e achei 4 GRANDES BAILARINOS, que nasceram neste dia, mas, logicamente em outros anos. Infelizmente, todos já morreram.

Vamos, então, falar de uma forma bem rápida sobre esses 4 bailarinos!

1. Auguste Vestris

Auguste Vestris nasceu no dia 27 de março de 1760, sendo filho ilegítimo de Gaetano Vestris e Marie Allard. Foi cuidadosamente treinado por seu pai, e, assim como ele, também ficou conhecido por “Deus da Dança” – esse era um título popular dado ao principal dançarino masculino de cada geração, então não estranhem termos tido vários “Deus da dança” ao longo da história. Além do pai e filho Vestris, Luis Dupré também recebeu este título.

Vestris ficou reconhecido por sua estatura baixa, apesar da qual ele conseguia grande elevação nos saltos e demonstrações de virtuosismo. Seus esforços técnicos refletiram em todo o mundo da dança, com suas múltiplas piruetas passando a ser um feito almejado – desde então –, por muitos bailarinos e coreógrafos.

Auguste fez a sua estreia na Ópera de Paris aos 12 anos, foi promovido a solista aos 16, e chegou a ser o “premier danseur” aos 18 e finalmente foi nomeado “premier sujet de la danse “. Ele manteve esse posto por 36 anos!

Em 1808, aos 48 anos, Vestris foi desafiado por um bailarino rival, o jovem Antoine Duport, para um concurso de piruetas e jetés-battus. (Vestris era então o bailarino mais famoso da Europa, era 20 anos mais velho, e os críticos generosamente consideraram o resultado um empate.)

Após se aposentar dos palcos, ele treinou muitos dançarinos famosos do século XIX, incluindo August Bournonville, Marius Petipá, Lucien Petipá, Fanny Elssler, Jules Perrot e Marie Taglioni. Foi com Taglioni em 1835 que ele realizou um minueto aos 75 anos de idade!

2. Harold Nicholas

Já no dia 27 de março de 1921 nascia Harold Nicholas. Ele foi um dançarino americano especializado em sapateado, que dançava junto com seu irmão mais velho, Fayard Nicholas. Os dois ficaram conhecidos como dois dos maiores dançarinos do mundo! Quando Fayard tinha 16 anos e Harold 9, eles fizeram sua primeira aparição no lendário Cotton Club em Nova York e foram um sucesso popular imediatamente.

Os dois fizeram um ENORME sucesso dançando também na Brodway, na televisão, em boates e em musicais de cinema. A carreira dos “Nicholas Brothers” em Hollywood começou depois que Samuel Goldwyn os viu em uma boate e os escalou para Kid MillionsOs dois se tornaram grandes estrelas de cinema, apesar das restrições raciais na época que proibiam falar e cenas com co-estrelas brancas. O último filme juntos foi The Pirate, no qual Gene Kelly dançou com eles, quebrando a barreira racial. Harold passou a trabalhar como artista solo, mudando-se para a França e fazendo turnês como cantor e dançarino. Ele apareceu no filme francês L’Empire De La Nuit.

Posteriormente ele retornou a NY e fez mais alguns shows eventuais ao lado do irmão e mais MUITOS outros filmes, como, por exemplo, Tap de 1989. A lista de filmes que ele participou é ENORME!

3. Arthur Mitchell

No dia 27 de março de 1934 nascia Arthur Mitchell e não é a primeira vez que o cito aqui (também já o mencionei num post da consciência negra). Resumindo um pouco a sua história, Arthur Mitchell foi aluno de ninguém menos que George Balanchine e foi o primeiro bailarino negro a dançar no New York City Ballet. Mitchell chegou a ocupar o cargo equivalente ao de Primeiro Bailarino e dançou vários papéis de ballets principais, como por exemplo, O Quebra-Nozes.

Em 1969 Mitchell fundou a Dance Theatre of Harlem, em Nova York, nos Estados Unidos. Ela foi a primeira companhia clássica majoritariamente composta por negros. Uma curiosidade é que lá, ele introduziu o conceito de que as bailarinas negras deveriam dançar com a meia calça e com a sapatilha de ponta da mesma tonalidade de sua pele. Afinal, a meia calça da bailarina e a sapatilha servem para dar a ela linhas bonitas e a sensação de alongá-las.

Outro feito pelo qual Arthur Mitchell também é reconhecido foi a criação de uma nova versão do ballet Giselle, que ficou conhecido como “Giselle crioulo”. O enredo seria parecido, mas o contexto da história criada por ele seria diferente: sua versão de Giselle se passa na Lousiana na década de 1840 e os personagens são afroamericanos.

É nesta companhia onde dança a bailarina brasileira Ingrid Silva desde os 18 anos de idade e hoje ocupa o cargo de Primeira Bailarina.

4. Toshie Kobayashi

Por fim, a nossa caçula e última da lista, mas não menos importante é Toshie Kobayashi! No dia 27 de março de 1946 nascia essa grande figura da dança clássica brasileira. Toshie era neta de Japoneses, mas nasceu no Brasil, em São Paulo, e foi em nosso país que ela estudou ballet clássico.

Ela iniciou o ballet ao 7 anos, sob o método Cecchetti, a Escola Italiana, com Madame Carmem Bonn. Aos 10 ingressou na Escola Municipal de Bailados (EMB) de São Paulo, atual Escola de Dança São Paulo. Em 1970, com 24 anos, Toshie começou a lecionar na EMB, onde atuou por 30 anos. Paralelamente, na mesma época, inaugurou o estúdio Ballet Toshie Kobayashi em São Caetano do Sul, SP, onde formou por volta de 1000 bailarinos, voltados para atuação em ballets de repertório acadêmico. Até a data de sua morte, aos 70 anos, chegou a somar 40 anos como professora.

Toshie também desenvolveu uma técnica clássica apurada, especialmente a técnica de pontas, que já levou seus alunos a conquistarem diversos prêmios mundo afora, além de possuir um talento peculiar para fazer desabrochar a técnica de suas pupilas. Uma de suas alunas, Andrea Thomioka, foi a primeira brasileira a ganhar medalha de ouro no concurso internacional de ballet de Varna, na Bulgária, em 1996. Não é para menos que a sapatilha de ponta Toshie da Só Dança foi batizada em sua homenagem.

Além disso, Toshie desenvolveu uma forte ligação com o Festival de Dança de Joinville, onde foi jurada por 12 anos e chegou a integrar o Conselho Artístico do festival nos seus primeiros anos, além de ter sido professora convidada por 20 anos. Os cursos que lá ministrava se esgotavam rapidamente e estavam sempre lotados.

Outros feitos desse nome de peso é que Toshie era madrinha da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e foi membro integrante da Royal Academy of Dance, e também estudou o Vaganova. A partir daí desenvolveu uma metodologia própria, que combinava, segundo ela mesma, principalmente o método inglês e o russo.

 

E esse foi um pequeno resumo dos bailarinos que nasceram no mesmo dia que eu! Cada um inspira de uma forma diferente e eu AMEI descobrir isso!

Vejo vocês no próximo post!

 

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